segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ruas em mim

Vou sair por ai e vomitar minha raiva.
Cantar minha Mágoa, cuspir o meu ódio.
Não cruze o meu caminho seus vermes.
Eu decidi sair por ai vendendo meu tédio, chutando o escárnio.
Vou fazer um bilhão de inimigos para celebrarmos um milhão de desgraças.
Adentrar em becos escuros, imundos, do lado de dentro de mim.
Caminhar por ruelas vazias onde no fim há uma parede suja de sangue.
Ir lá no fundo da alma onde sempre há um vazio bem mais que profundo.
Sentar no leito da esperança e vê-la lutar pelo último suspiro.
Vou esperar inutilmente o sol depois da tempestade.
E Enquanto chove eu continuo vivo.

6 comentários: